Páginas

quinta-feira, 28 de novembro de 2013

Terapeuta Jardineiro


O terapeuta atua como um jardineiro que cultiva uma planta. O jardineiro não produz a planta como se produz um automóvel, não cria a terra nem a semente, nem planeja os passos que devem ser seguidos pela planta para atingir a maturidade, florir 
e frutificar. 
Ele somente cria melhores condições de solo, abriga a muda, quando muito pequena, contra condições climáticas adversas, protege-a na medida do possível contra insetos, livra-lhe a área de crescimento, para que ela não morra por falta de espaço ou luz. 
Mas não é ele que a faz crescer. 
O crescimento da planta é dela própria. 
Cabe a cada homem ser o guardião do próprio destino.


Mudar... Não mudar....

Tomar consciência... Aceitação..... Ficarmos para sairmos..... 
Não há remédio que elimine sentimentos, sensações...Por exemplo, tristeza, insegurança.... Medo.
Seria mais simples se eles fossem como uma dor de cabeça que temos a opção de ignorar para que ela está ali, na sua cabeça. Toma uma neosa, vai dormir e a vida segue. Provavelmente ela está ali por alguma razão mas e daí? Ah os sentimentos.... Esses não....
Não dá para nos desfazermos de nossos sentimentos mas de repente se houver boa vontade ao invés de ignorá- los, podemos aprender com eles... Através deles.... Tudo indica que para mudar algo precisamos permanecer um tempo neste algo.... Mas que idéia desagradável.....
Seria tão mais prático poder " retirar" sentimentos, extirpá- los... Algo como " toma a neosa que passa" 
Não seria as vezes mais " simples" não refletir sobre o sentido das coisas? Como esta dor chegou aí, o que ela faz... Para quê.....
Uma fantasia interessante seria a possibilidade de " tirar a peça defeituosa" ....
Não funciona? Corta fora!!!
Entender a dinâmica que determina as " peças defeituosas" de nossas vidas não é uma campanha tão atraente como a dos sedativos " toma a neosa que passa", " tomou doril a dor sumiu", " caiu, doeu machucou? Passa gelol que passa" !!!
De fato não é fácil, mas é belo. Pode haver sofrimento, dor, separação, desilusão, mas se é para trilhar o caminho de si mesmo, tem que valer a pena. 
No entanto, esta mudança precisa fazer sentido.....
Cada um tem o seu tempo.... Mas melhor pensar em movimento afinal só o que está morto não muda....
“[...] toda mudança implica num risco. Risco de sair de uma situação que é familiar, por mais desconfortável que possa ser, “o risco de ‘não dar certo’ e, até paradoxalmente talvez, o risco de ‘dar certo’”. (ORGLER )


quarta-feira, 27 de novembro de 2013

DEPRESSÃO



Os sintomas mais comuns da Depressão são humor deprimido, perda de interesse, fatigabilidade, redução da concentração, da auto-estima e da autoconfiança, idéias de culpa, visões pessimistas do futuro, idéias de suicídio, sono e apetite alterados. Nem sempre todos estes sintomas estão presentes ao mesmo tempo.  O tratamento  da depressão não necessita que você tenha um conjunto destes sintomas, ele pode trazer alívio para qualquer grau de tristeza ou insatisfação.
A depressão acontece quanto, no seu processo de vida, a pessoa abriu mão de suas necessidades com frequência, ou de fato passou por diversas situações onde não encontrou um jeito possível de satisfazê-las.
Este quadro pode se agravar de tal maneira , que o indivíduo  passa a viver num estado de insatisfação constante, para de acreditar que é possível se satisfazer, e que precisa do mundo para isso. Consequentemente,  pode se isolar dos seus maiores vínculos e passar a questionar a sua própria razão de viver.
No processo terapêutico, terapeuta e cliente trabalham em busca de uma   redescoberta dessas necessidades deixadas de lado, e na busca de realização delas, envolvendo criação de novos caminhos. 




Transformar-se!


A Gestalt-terapia não acredita que o homem seja um ser passivo diante das forças do ambiente em que vive, ele é o criador da sua história e de seu mundo, ao mesmo tempo em que é criado por eles.

Para o gestalt terapeuta, o ser humano está sempre em desenvolvimento, isto significa que ele não possui características fixas que o acompanham desde a infância e que determinarão sua vida até o fim. Há sempre a possibilidade de transformar sua vida radicalmente para melhor. 

# Sempre é tempo de mudar sua história#


terça-feira, 26 de novembro de 2013

Para refletir...
Muitas vezes na nossa caminhada de relacionamentos somos taxados de egoístas quando escolhemos por nós mesmos.
O tal equilíbrio não é tão simples, mas vale olhar para dentro de sí e tentar se perceber, sentir... Será que estamos amando mais o outro do que a nós mesmos? Porque se assim for, em algum momento, ficaremos insatisfeitos, frustrados, esgotados.



quinta-feira, 21 de novembro de 2013

Optar é renunciar


Entregar-se, por exemplo, a um amor é abandonar outros.
E, do que se renuncia e abandona, pode provir, depois arrependimento.
Afastar-se de um amor, ainda que, opção feita por lúcidas razões, pode gerar, adiante, a frustração pelo que se deixou de viver.
Os casos de amor vivem rondados por frustração ou arrependimento.
Não o amor, que é íntegro, irrefutável, cristalino e indubitável: mas os amantes seus portadores. Quase sempre o tamanho do amor é maior que o dos amantes.
O que cerca as pessoas que se amam é sempre uma teia de limitações que o leva à disjuntiva: frustração ou arrependimento.
Ou quem ama se entrega ao sentimento e se atira nos braços do outro para, depois, se arrepender do que abandonou para entregar-se ao amor, ou se afasta, cheio de lucidez, para, adiante, sentir frustração pelo que deixou de viver.
Estes estão na categoria assim definida de modo cruel mas lúcido por Goethe: "no amor, ganha quem foge"...Ou como disse o grande Orizon Carneiro Muniz: "no amor, é mais forte quem cede".
Na juventude tudo isso fica confuso porque esta é uma etapa da vida envolta em uma névoa amorosa que a torna radical na busca da felicidade. O jovem ainda não se defrontou com as terríveis e dilacerantes divisões internas de que é feita a tarefa de viver e amar, aceitando as próprias limitações, confusões, os caminhos paralelos e contraditórios das escolhas, dentro de um todo que, para se harmonizar, precisa viver as divisões, os sofrimentos e os açoites das mentiras e enganos que conduzem as nossas verdades mais profundas.
Séculos de repressão do corpo e de identificação do prazer com o pecado ou o proibido fizeram uma espécie de cárie na alma. É um buraco, um vazio, uma impossibilidade viver o que se quer, uma certeza antecipada de que o amor verdadeiro gera ou arrependimento ou frustração.
Viver implica, pois, aceitar essa dolorosa e desafiante tarefa: a de enfrentar o amor como a maior das maravilhas e que se nos apresenta sob a forma de enigma.
Tudo o que se move dentro do amor está carregado de enigmas.
E com o enigma dá-se o seguinte: enfrentá-lo não é resolvê-lo.
Mas quando não se o enfrenta, ele (enigma) nos devora.
Enfrentar o enigma mesmo sem o deslindar, é aquecer e encantar a vida, é aprender a viver; é amadurecer.
Exige trabalho interior penoso, grandeza, equilíbrio e auto-conhecimento.
O contrário não é viver: é durar.


(Arthur da Távola)