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sexta-feira, 28 de agosto de 2015

Eu não sou um deprimido! Isso é só um sintoma!!!!

O sintoma não é o todo e sim uma parte.

A Depressão é uma doença do organismo todo, que compromete o orgânico, o afeto e o pensamento. A Depressão altera a maneira como a pessoa vê o mundo, sente a realidade, entende as coisas, manifesta emoções, sente a disposição e o prazer com a vida. Ela afeta a forma como a pessoa se alimenta e dorme e como se sente em relação a si próprio ou o que pensa sobre as coisas.
A depressão é uma doença que pode ter efeitos físicos e emocionais, tais como sentimento de culpa, inutilidade, indecisão, dificuldade de concentração, mudança nos hábitos de apetite ou de sono e perda de energia.
O indivíduo com depressão encontra-se só, fragmentado, sem referência, e geralmente rejeitado pela família e pelo mundo. Sem amigos e sem perspectiva, vive com  sentimento de tristeza e desânimo. O individuo encontra-se com situações inacabadas e gestalts cristalizadas(Situacões que se repetem como um padrão que não foram "satisfeitas").Sua percepção de si e do mundo ficam distorcidas e há  dificuldade de enxergar e de acreditar no seu próprio potencial para o sucesso e para a mudança, comprometendo a construção de um suporte para encarar as dificuldades, o contato consigo e com o mundo. Para a Gestalt-Terapia não há doente, e nem há doença. O ser humano dispõe de todo material necessário para enfrentar a vida, e para tanto precisa conscientizar-se das suas condições, ampliando a sua awareness ( consciência).
Na Gestalt terapia, deve-se encorajá-lo o indivíduo com depressão na promoção de tentativas de reencontrar seu centro de equilíbrio, e será necessário facilitar tal percurso com todos os modos possíveis á ele disponível, através de uma resignificação permanente de modos adequados de existir, de tal forma que ele encontre seu verdadeiro sentido existencial, sua realidade mais íntima, encorajado a sentir prazer em olhar para si mesmo e se reconhecer como pessoa. 
O individuo será convocado a se perceber, a se responsabilizar, e se conscientizar de suas escolhas, experiênciando o que têm no presente, criando suporte para enfrentar as situações no aqui e agora.
“Não basta ensinar às pessoas a descobrir as causas de suas desgraças. É preciso ensiná-las a conviver eficazmente com sentimentos de esperança e de transformação”. (Jorge ponciano Ribeiro)