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sábado, 15 de junho de 2013

Ela encontrou o olhar de alguém...

A dor, a frustração, a mágoa, a solidão, os traumas, a depressão e as injustiças a deixou fria e insensível. Impermeável.
Endureceu o coração...
Talvez ela tenha criado uma atitude de autodefesa para não sofrer mais. Entrou num processo de fuga para não se confrontar com aquelas lembranças antigas mas tão vivas e reais.

De repente, quando ela já estava cansada, o olhar dela se cruzou com oolhar  de alguém que em silêncio lhe falou ao coração. 

Talvez a dor dela tenha sido detectada e sua alma se compadeceu, afinal ela já havia experimentado os dilemas que aquela outra alma agonizava.

Então a tomou pela mão e caminhou  com ela. Não desistiu nem a abandonou pelo caminho. Ofereceu apoio e amor ainda que com limitações. 

Poder " ouvir" a linguagem não dita de quem está sofrendo é privilégio de quem já sentiu ou ainda sente  dor semelhante.

A dor profunda abriu  um caminho novo e árduo, difícil de ser percorrido, mas ela aceitou o desafio, pegou sua mala e sem saber exatamente para onde ia, prosseguiu a viagem e ir por uma trilha ainda desconhecida na esperança de que este caminho a conduzisse à reta de chegada. 

Em alguns trechos ela se cansou. O desânimo chegou. Mas a seiva de força que ele recebeu daquela mão estendida foi suficiente para que não desistisse. 

É quase impossível para uma alma que está sangrando crer na perspectiva de uma vida nova. Mas a que tinha estendido a mão garantiu que lá na frente ela iria encontrar esta novidade de vida se continuasse a viagem.

E assim... Foi. 

A viagem dela ainda não acabou. Tem
dias que a mala está mais pesada, outros mais leve. 

Nem sempre é possível exercitar a esperança e a fé, o otimismo de uma nova vida no porvir. Mas quando nossa esperança e forças falham, existe uma mão que segura na sua sendo possível caminhar através dela momentaneamente. 


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